André Ribeiro, natural do Canadá, mas açoriano de alma e coração, e Ricardo Pinto, natural de Torres Novas, mas açoriano de morada e de destino. Apesar de ambos virem de duas realidades díspares, a verdade é que os seus percursos não tardariam a cruzar-se.
O André, filho de pais picarotos que em tempos emigraram para Canadá, tornou ao Pico em criança com a família, e cresceu rodeado pela cultura vitivinícola já enraizado há cinco séculos nas gentes desta ilha. Após a conclusão do secundário na área de ciências e tecnologias, sem saber o que fazer em seguida, regressou ao Canadá, onde viria a abdicar dos estudos em detrimento de um trabalho numa empresa de jardinagem e, depois, em construção. Foi nesta fase que descobriu aquilo que realmente gostava de fazer: pôr as mãos à obra; criar algo com princípio, meio e fim; e trabalhar ao ar livre. Apercebeu-se, neste contexto, que queria voltar a estudar, então, voltou a Portugal, onde ingressou na Licenciatura em Agronomia pela Universidade de Évora. No último ano, fez o Estagiar U para a Azores Wine Company – a sua primeira experiência de vinificação formal. Foi assim que ganhou o gosto pela área e decidiu especializar-se em Viticultura e Enologia conseguindo conciliar trabalho na Fitapreta com António Maçanita. Sempre que regressou aos Açores continuou a estagiar para a Azores Wine Company, onde se encontra atualmente a trabalhar.
O Ricardo, ao terminar o secundário, também na área de ciências e tecnologias, sentiu que Agronomia era a área mais indicada para satisfazer a curiosidade que sentia pela produção vitivinícola. Essa curiosidade surgira na sua infância, ao experimentar o vinho que o seu avô fazia e ao notar que o sabor era extremamente desagradável. No entanto, todos pareciam apreciá-lo e foi aí que o Ricardo se apercebeu que tinha todo um mundo por descobrir. Também na Universidade de Évora completou a licenciatura e encontra-se, de momento, a terminar o Mestrado em Viticultura e Enologia. Estagiou com o António Madeira, no Dão, um produtor biodinâmico; em seguida, teve a oportunidade de ir para a Quinta da Vacariça, que também segue práticas de viticultura biodinâmica, permitindo-o provar vinhos de todo o mundo e viajar para países como a França e Itália.
Bons amigos desde a Universidade, o André acabou por convidar o Ricardo a passar umas férias na Ilha do Pico e a experimentar a época das vindimas. Toda essa experiência fez com que o Ricardo alterasse a sua morada de residência e se juntasse ao André naquilo que seria o primeiro negócio de ambos.
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