Surge, assim, o Entre Pedras com o intuito de “engarrafar” as pessoas e as uvas da Ilha do Pico sem alterar a sua verdadeira essência. O André e o Ricardo, lado a lado, pretendem tratar bem as suas vinhas para que estas produzam uvas de qualidade singular para que, em última instância, se crie um vinho capaz de transmitir a personalidade e o estilo de vida das gentes cá da terra.
Nas palavras de Ricardo: “O Entre Pedras é mesmo isso. É uma pessoa estar a abrir uma garrafa em Amsterdão, ou em Lisboa, ou em Tóquio, em qualquer parte do mundo, e saber que aquele vinho foi feito à beira-mar, mas não num sítio qualquer. Foi feito numa Ilha, no meio do Atlântico, com sabor a fósforo, a enxofre, tem acidez e salinidade.”
Ambos consideram que a empresa se encontra numa fase embrionária, tendo o seu início no dia 5 de janeiro de 2021. No entanto, prezam-se pela dupla eficaz que representam: por um lado, o André, profundo conhecedor da realidade envolvente do Pico e, por outro lado, o Ricardo, com o conhecimento vasto das realidades de outros países.
O fator “tempo” não aparenta representar nem um problema, nem uma fonte de pressão para ambos. A ideia é guardar os vinhos a longo prazo, de forma a conseguirem obter as propriedades pretendidas. Exemplo disto é o vinho de 2019 da Entre Pedras, que se mantém guardado e selado numa gruta, onde irá estagiar pelo menos 1 ano até ser vendido.
Jovens e apaixonados pela área, o André e o Ricardo pretendem, com a Entre Pedras, elevar e diferenciar a produção vitivinícola da Ilha do Pico, de forma a permitir que qualquer pessoa do mundo a possa saborear da forma mais autêntica possível.