A Seaterra surgiu em dezembro de 2020, aquando da epidemia da SARS-COVID19. Surgia da necessidade de crescer aquilo que Tricia e Griff já haviam criado até então. Desde 2009 que o casal mantinha uma atividade de produção e distribuição de marisco açoriano, chegando a levar os seus produtos a várias partes do mundo, como a China, Hong Kong, Singapura, Malásia, Dubai, Taiwan, Europa, Reino Unido e os Estados Unidos.
No entanto, com o passar do tempo, ambos viriam a aperceber-se que a logística do transporte de bens perecíveis aos mercados tão longe se tornava cada vez mais desafiante e insustentável. Era cada vez mais necessário criar um novo produto: um que não necessitasse de tantas condições especiais como o marisco vivo, mas que também fosse verdadeiramente regional e diferenciador no mercado envolvente.
Neste âmbito, e também por ser um produto que ambos gostam e que não conseguem encontrar nos Açores, ambos sugeriram a carne-seca, que é bastante comum nos Estados Unidos e Canadá e comum nos Estados Unidos e Canadá, ao contrário de nas ilhas dos Açores. Viram e vêem na carne açoriana uma excelente oportunidade de poder continuar a promover algo que é recurso local, mas, ao mesmo tempo, algo novo para dar a conhecer – não só à própria comunidade açoriana, como ao mundo. Em conjunto, experimentaram diferentes receitas e fórmulas de conservação; fizeram as provas iniciais, primeiro, entre ambos e, em seguida, acabaram por partilhá-las com amigos e família. Após a aprovação de todos os envolventes, decidiram dar um passo em frente e abrir a Seaterra.
Aos empreendedores do futuro, Tricia partilha um conselho que representa perfeitamente o quanto encara o seu próprio percurso enquanto empreendedora: “é importante começar pequeno. Ver como corre. Levar o nosso tempo para perceber como nos encaixamos e como somos encarados pelos outros. E só depois é que devemos fazer um maior investimento. Mas se tens uma ideia e queres criar algo novo para ti, avança!